terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Abstrações!



Vôo
como pássaro alado
no céu profanado de minha inocência
derramando
em campos abstratos
flores esparsas
veleidades
alma em decomposição..
A ferida sangra compaixão
e o silêncio
mortalha perdida
canta melancolicamente
a última nota putrefata
deste mundo caduco..
E a criança que chora
derrete muros humanos.
Vai-se a candura
nas ancas de um anjo.
Coito de sombras,
reflexo multifacetado
do meu eu em ebulição..
E no fim tudo é
solidão...

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