quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Infância perdida



Cavalgo por entre sonhos
de menino e
vejo a imensidão
do azul do mar,
pássaros fazem seu vôo
mas sinto me como peixe
entre anzóis e rede.
Tenho sede
não sede de água
mas de mundo
este mundo que desperta.
A noite foi curta
lagrimas caem
por sobre meus sonhos.
Corro, mas é corrida
de garoto
o mundo é feito de gotas
gotas de despedidas
gotas de desencontros.
A tarde cai
o silêncio canta
meu coração é o peso
de um manancial
já não tenho somente sede
mas fome
fome de ventos
de sonhos, de intentos;
de beijo
de esperança
e vejo então na menina de teus olhos
que já não sou
mais criança.
.
.
.
( Republicando está poesia - o primeiro post do blog - para os novos leitores )

2 comentários:

Wanderley Elian Lima disse...

Amigo Leandro, acho que há dias que todos nós nos sentimos "entre anzóis e rede". Bom que republicou este poema, não conhecia. Muito lindo.
Abração

Ivens B. Iskiewicz disse...

Leandro, me sinto lisongiado com tuas palavras lá no meu blog. De verdade!
Adorei tua poesia, ainda bem que republicou... a parte derradeira pra mim, foi a de maior fascínio:

"e vejo então na menina de teus olhos
que já não sou
mais criança."

Parabéns pelas suas excelentes poesias, gostei também daquela que tem "coito" no nome... não me recordo direito...

Vou voltar muitas outras vezes aqui, e com mais tempo.

Grande abraço!