segunda-feira, 5 de abril de 2010

O homem amarelo - 2º Parte

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Os primeiros sons da manhã a acariciar-lhe os ouvidos vinham encontrar seus pensamentos ainda sonolentos. Gestos automáticos conduziam- no tranquilamente na rotina matinal. As cores já não mais se distinguiam.
Ligar o rádio, Colocar a chaleira no fogo. Pegar o jornal em frente a casa para passar os olhos pelas manchetes do dia. Sentar na cabeceira da mesa. Roer um ou dois pães. Pegar seu material de trabalho. Abrir a porta e partir.
A intromissão do mundo em sua realidade difusa era uma violência que sempre o manteve ausente de qualquer esperança a paz e harmonia.
As vozes na rua invadiam a muralha criada. O homem amarelo despia-se de seu silêncio e permitia-se atuar no palco cinza de um mundo tão alheio aos seus dramas, as suas angústias, aos seus sonhos não amanhecidos.
O homem amarelo seguia em frente.
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....................................................... continua...

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