domingo, 20 de dezembro de 2009

Travessia


A chuva era um bálsamo. Gotas de despedidas. O homem a contemplar suas mãos, em um devaneio, encontra-se com o seu eu e não o entende. Seus sonhos de criança ainda gritavam, mas são sons surdos no desespero de sua demência.
Seu olhar contempla os transeuntes, porém nos os vê. Apenas transpassa-lhes suas dolorosas vidas. Mas seus rostos não o interessam. Como não interessa o andar despreocupado de um cachorro a abanar o rabo.
O homem caminha, mas seus passos são como os passos de um condenado..

3 comentários:

Fábio disse...

Ola! também tenho um blog qdo e c der faz uma visitinha www.ecosdotelecoteco.blogspot.com Abraço e muito sucesso na proposta do seu blog. Abração

DANIELA BORALI disse...

Ah se... Ah se... Blá blá blá...
No fundo sempre sabemos... Mas nem sempre queremos enxergar...
Lindo seu blog... E você sabe.... (Não me refiro ao blog...)
Abraço,
Dani

DANIELA BORALI disse...

(...)encontra-se com o seu eu e não o entende

(...)Seu olhar contempla os transeuntes, porém NÃO os vê.

(...)O homem caminha, mas seus passos são como os passos de um condenado...

AMEI!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

PS: “Quem convive com a insanidade lúcida enxerga além daquilo que gostaria... Porque no fundo minha lucidez é, muito louca! E isso dói!!!”
Dani